Boletim 06 a 10
ISSN 19836732
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ANO III NÚMERO 10 - FEVEREIRO 2007 - EDITORIAL
Começamos o ano falando de dois assuntos importantes. Primeiro publicamos a segunda parte do artigo cientifico sobreARTICULAÇÃO TÊMPOROMANDIBULAR EM PACIENTES GERIÁTRICOS.
Recebemos vários e-mails de pessoas interessadas no assunto, por isso nesta edição também damos espaço para o relato de uma paciente geriátrica, porque entendemos que sua história de vitória contra a dor deve ser divulgada e seu caso clínico analisado. O CDATM presta atendimento a pacientes da terceira idade que têm como queixas principais dificuldade para abrir a boca e mastigar, estalos nas articulações da face, dores irradiadas aos ouvidos, pescoço e nuca e dor de cabeça, procurando resolver dores e disfunções e mostrar suas histórias de luta contra a dor. O segundo assunto é aCIRURGIA COMBINADA – PRÓTESE TOTAL DE ATM E ORTOGNATA. Numa entrevista ao nosso boletim o Dr. Luis Fernando Lobo, doutor e professor do curso de especialização do CDATM fala sobre a nova técnica, confira. ENTREVISTA
CIRURGIA COMBINADA PRÓTESE TOTAL DE ATM E ORTOGNATA
Professor Lobo
DOUTOR QUAL A IMPORTÂNCIA DESTE TIPO DE CIRURGIA?
DR. LOBO
HOJE É UMA GRANDE PROPOSTA TERAPÊUTICA, A POSSIBILIDADE DE FAZERMOS UMA CIRURGIA COMBINADA - PRÓTESE TOTAL DE ATM E ORTOGNATA. HÁ POUCO TEMPO A CIRURGIA BUCO MAXILO FACIAL PERSEGUIA A POSSIBILIDADE DE SE REFAZER PROTETICAMENTE A ARTICULAÇÃO TÊMPOROMANDIBULAR. A SEMELHANÇA DAS ARTICULAÇÕES DO CORPO HUMANO QUE A ORTOPEDIA JÁ AS SUBSTITUÍA, A ATM AINDA ESTAVA EM FASE DE ESTUDOS DADA A SUA CARACTERÍSTICA PARTICULAR. HOJE COM ESTA PRÓTESE DA W LORENZ PODEMOS EM CASOS MAIS AGUDOS, COMO FRATURA COMINUTAS (MÚLTIPLOS FRAGMENTOS) OSTEOARTROSES SEVERAS, TUMORES, SUBSTITUIR A ATM DEVOLVENDO AO PACIENTE BOA QUALIDADE DE VIDA. COM AS NOVAS TÉCNICAS PROPEDÊUTICAS E SEMIOLÓGICAS ALIADAS AS NOVAS POSSIBILIDADES TERAPÊUTICAS, A LONGEVIDADE DO SER HUMANO AUMENTOU MUITO, POR ISSO O OBJETIVO HOJE É DAR QUALIDADE DE VIDA A ESTES ANOS ACRESCIDOS. UMA DEFORMIDADE SEVERA COMO, POR EXEMPLO, UMA ANQUILOSE, ONDE NÃO SOMENTE A ATM ESTÁ DEFORMADA, MAS TODO O DESENVOLVIMENTO FACIAL, TENDO A FALTA DE UM ESTÍMULO PARA O DESENVOLVIMENTO FACIAL UNI O BILATERAL, HAVERÁ UMA DEFORMIDADE ACENTUADA AO NOSSO PACIENTE. COM ESTA PRÓTESE QUE IRÁ SUBSTITUIR A ATM ANQUILOSADA, PODEMOS COMBINAR COM MODIFICAÇÕES FACIAL, O QUE PERMITE DEVOLVER A AUTO ESTIMA AO PACIENTE. W.LORENZ | QUAL É A DESCRIÇÃO DA TÉCNICA? DR. LOBO A TÉCNICA UTILIZADA, COMBINA AS TÉCNICAS DE OSTEOTOMIAS CLÁSSICAS DA CIRURGIA ORTIGNATA OSTEOTOTOMIA TIPO LE FORT I OU II PARA A MAXILA COM A OSTEOTOMIA SAGITAL DE RAMO PARA A MANDÍBULA. TODO O ESTUDO PREDICTIVO DEVE SER REALIZADO NORMALMENTE PARA SE ESTABELECER OS MOVIMENTOS
MAXILO MANDIBULARES, QUE DEVEMOS FAZER DURANTE A CIRURGIA PARA ESTABELECERMOS UM NOVO POSICIONAMENTO E COM ISSO DEVOLVER A FUNÇÃO, A ESTÉTICA DO PACIENTE. DO LADO LESADO, UNI OU BILATERAL FAREMOS A INCLUSÃO DA PRÓTESE. TECNICAMENTE A PRÓTESE SERA COLOCADA COM SEU COMPONENTE TEMPORAL ( POLIETILENO DE ALTA DENSIDADE) QUE FARÁ A VEZ DA FOSSA TEMPORAL E O COMPONENTE MANDIBULAR QUE FARÁ A VEZ DA CABEÇA DO CÔNDILO. ESTE SERÁ FIXADO NO RAMO MANDIBULAR.
CASOS CLÍNICOS
GERIÁTRICOS CDATM A HISTÓRIA DA ODETE GASPAR – 73 ANOS
Há dois anos começou seu tratamento no CDATM, encaminhada pelo Posto de Saúde do Bairro Santa Quitéria em Curitiba.
Segundo seu relato durante anos sofria de dores de ouvido e acabou passando por vários médicos e finalmente sendo encaminhada do centro. "Tenho conhecidos que são cirurgiões dentistas e nem eles conseguiram detectar meu problema,mas no CDATM rapidamente comecei a receber tratamento e sentir as melhoras, eu pensei que nunca mais com seguiria viver sem dor, hoje sei que posso ", relata a paciente.
Aluno da Especialização tendo contato também com pacientes geriátricos do CDATM
Dona Odete é uma das pacientes dos alunos da especialização do CDATM e teve seu diagnóstico correto graça a equipe multidisciplinar do centro.
Muitos idosos apresentam sintomas de Disfunção TÊmporomandibular e outros profissionais de saúde não conseguem descobri o problema, isso porque muitos problemas aparentemente não estão relacionados com a saúde bucal e os sintomas que aparecem geralmente como dor na região da face, da boca e dos olhos, podem estar ligados a outros problemas médicos como dor de ouvido, enxaqueca ou dificuldade visual.
Em muitos casos o dentista acaba sendo o último profissional consultado, mas é ele que pode indicar tratamentos para melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Neste caso o tratamento envolve um aconselhamento psicológico,porque muitos idosos resistem a mudar hábito diário que pioram seu problema. Alterações simples da rotina diária também podem fazer a diferença. Essas mudanças se dão na eliminação de hábitos não funcionais como forçar os músculos da face para mascar chicletes, roer unhas ou ainda segurar um telefone.
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ARTIGO ESPECIAL
ARTICULAÇÃO TEMPOROMANDIBULAR EM PACIENTES GERIÁTRICOSTemporomandibular joint in senior patients
CONTINUAÇÃO
RESUMO - O conhecimento da anatomia e fisiologia da articulação tempormandibular e o seu processo de envelhecimento torna-se fundamental para o entendimento das funções têmporomandibulares, estando esta articulação, juntamente com os componentes funcionais do sistema, relacionada diretamente e com várias funções vitais, como a mastigação,deglutição, a fonação e a respiração que são alterados no decorrer da vida.
CÁPSULA ARTICULAR
A cápsula articular envolve as ATMs, inserindo-se superiormente ao osso temporal inferiormente ao colo do côndilo. Anteriormente fibras do músculo pterigóideo lateral se fusionam com as fibras da cápsula, lateralmente as fibras capsulares são fortalecidas pelo ligamento têmporomandibular e medialmente pelo ligamento esfenomandibular. Na região posterior fusicionam-se com a zona bilaminar. Internamente a cápsula articular apresenta uma camada de células sinoviais e externamente veias, nervos e fibras colágenas. É importante ressaltar que a cápsula junto com os ligamentos laterais (discais) dará suporte à articulação e limitará os movimentos desta. (LEANDRO & NUNES, 2000). Solberg et al, afirmam que a inserção inferior da cápsula articular, permite uma movimentação um pouco maior. CARTILAGEM ARTICULAR A cartilagem articular representa um tecido conectivo altamente especializado, composto por uma densa matriz extracelular e células, como condroblastos ou condrócitos fundamentalmente, e alguns poucos fibroblastos (LEANDRO & NUNES, 2000). Diferente de outras articulações do corpo humano, este tecido que recobre as estruturas ósseas não é composto de cartilagem hialina, mas sim de um tecido fibroso, que consiste basicamente em uma zona proliferativa de células reprodutoras, que funcionam como progenitoras, que fornecem células para a cartilagem de crescimento. Tais células transformam-se em condroblastos e elaboram uma matriz extracelular, que consiste nos proteoglicanos e no colágeno tipo II, formando matriz extracelular da cartilagem. Simultaneamente há um aumento de tamanho dos condroblastos. Depois de produzida, ocorre ossificação endocondral que envolve a mineralização da cartilagem, invasão vascular, perda de condrócitos e diferenciação dos osteoblastos para produzir osso na estrutura cartilaginosa mineralizada. As fibras que contém a cartilagem articular são firmemente arranjadas e capazes de suportar as forças do movimento mandibular, possuindo uma capacidade de reparo muito maior que a cartilagem hialina, sendo ainda menos susceptíveis aos sinais de envelhecimento.
LÍQUIDO SINOVIAL
O fluído sinovial representa basicamente um dialisado de plasma sanguíneo, produzido por células que recobrem as superfícies articulares, chamadas células sinoviais (membrana sinovial), e caracterizadas por elevadas taxas metabólicas, capacidade regenerativa, proliferativa e secretora de substâncias que agregam o líquido sinovial, As células sinoviais controlam não somente a qualidade, mas também a quantidade de líquido sinovial. A quantidade de líquido sinovial é bastante exígua, só aumentando em casos de processos inflamatórios (sinovite). Como as superfícies articulares são avasculares, o fluído sinovial age como um meio de prover as necessidades metabólicas destes tecidos. O fluido sinovial também age como lubrificante das superfícies articulares através de dois mecanismos básicos – a lubrificação periférica – que ocorre quando a articulação se move e o fluído sinovial é forçado de uma área de cavidade contra a outra, e o segundo mecanismo – lubrificação saturada – durante a função mandibular, forças são geradas, levando uma pequena quantidade de liquido sinovial para fora e para dentro dos tecidos. Forças compressivas prolongadas podem esgotar esta fonte de lubrificação com o passar dos anos. CINESIOLOGIA DA ARTICULAÇÃO TEMPOROMANDIBULAR Entende-se a articulação têmporomandibular (ATM) como uma articulação particular , pois sendo uma articulação dupla onde um osso (mandíbula), o único que se mobiliza, se articula com dois ossos (porção escamosa do osso temporal), interposta por uma fibrocartilagem, que faz as vezes de um outro osso, mas rica em proprioceptores e com uma grande capacidade de adaptação como visto anteriormente, devido a sua composição química, onde os ossos são revestidos por uma camada de tecido fibroso, diferente das maioria das outras articulações que são revestidas por cartilagem hialina, outra excessão é a articulação acromiclavicular e a esternoclavicular, que unem o esterno ao esqueleto apendicular. Para que a ATM possa desempenhar os seus movimentos para executar as suas funções é necessário que os músculos que agem sobre ela atuem, na execução dos movimentos de abertura, fechamento, retrusão, propulsão, protrusão, lateralidade, movimentos estes necessários para que o sistema estomatognático possa desempenhar o seu papel nas funções em que atua. Para a execução destes movimentos normalmente grupos de músculos atuam, eles não agem individualmente, que vão fazer com que a ATM rotacione e/ou translade. No movimento de fechamento mandibular, que requer a elevação do músculo masseter, pterigóideo medial, cabeça superior do pterigóideo lateral e a porção anterior do temporal, o disco articular deve ser mantido acompanhando a cabeça da mandíbula(côndilo) até a obtenção dos contatos oclusais estáveis. No movimento da abertura bucal, onde ocorre um abaixamento da mandíbula, ao cabeça inferior do músculo pterigóideo lateral, o ventre anterior do digástrico mais o milo-hioideo, são responsáveis por este movimento, onde o disco deve ser mantido posicionado, tanto no movimento de rotação, inicio da abertura até 2,0 à 2,5 cm em média, até o final desta abertura com movimento do côndilo de rotação e média 4,5 à 5,5 cm, partindo de uma posição de tônus muscular mínimo (repouso), no movimento de abertura os dentes não participam. Os movimentos mandibulares de protrusão a cabeça inferior do músculo pterigóideo lateral, mais parte dos músculos elevadores atua, possibilitando ao sistema o desempenho de funções de proteção deste sistema, conhecida como guia anterior, quando no movimento protrusivo os dentes incisivos inferiores contatam com os incisivos centrais superiores, evitando desta forma que ocorra contato de dentes posteriores, possibilitando desta forma um "repouso" dos músculos elevadores, o que aumentaria consideravelmente a pressão que seria exercida sobre o côndilo., quando movimenta-se a mandíbula para trás, as fibras posteriores do músculo temporal atuam. Nos movimentos laterais, temos situações distintas onde a combinação dos músculos da elevação, particularmente a parte posterior do músculo temporal, retrai para o lado que esta seno executado o movimento, e atuação do músculo pterigoídeo lateral estira no lado oposto, propiciando que o disco articular tenha uma compressão maior no lado que este movimento é executado, aumentando o espaço intra articular do lado oposto, que excursiona mais, guiados pelos dentes posteriores (função grupo) ou como preconiza-se, guiados pelo canino ( função canina), sem contato posterior. Daí a importância de um ciclo mastigatório bilateral, para manter-se as estruturas musculares e articulares funcionando harmônica e equilibradamente, nos no ensejo de uma mastigação unilateral, teremos um desenvolvimento maior do côndilo no lado que se mastiga, produzindo assim uma assimetria entre as articulações. O ENVELHECIMENTO DAS ARTICULAÇÕES O osso é constituído por uma porção protéica, a matriz óssea, constituída de tecido conjuntivo denso, proteínas de natureza variável e de substância fundamental, impregnada pela outra parte, a parte mineral, composta fundamentalmente por cristais de hidroxiapatita. Com o envelhecimento, os ossos adquirem quantidades progressivas de minerais, o que aumenta a sua densidade, contrastando com a diminuição de massa óssea. No tecido ósseo temos dois tipos fundamentais de estrutura, o osso cortical ou compacto, como a mandíbula, que faz parte de ¾ da massa total esquelética, porém somente 1/3 da superfície total (BORELLI, A.) e o osso trabecular ou esponjoso, como a maxila, ocorrendo uma transição gradual durante o envelhecimento do indivíduo, pelas influências biomecânicas e atividades metabólicas. As superfícies ósseas são divididas em quatro partes: periosteal, intracortical, endocortical e trabecular. Considera-se o envelope ósseo formado por duas partes: o envelope periosteal e o envelope endosteal, com suas três divisões: trabecular, endocortical e intracortical. No processo de envelhecimento há um aumento do osso subperiosteal, com perda do osso adjacente do endósteo. Tanto o osso cortical como o osso trabecular são constituídos de lamelas, que são concêntricas e se mantém paralelas por extensões de 50 µm. No osso não lamelar, as fibras são colocada de modo irregular, sendo primitivamente depositado onde não existia osso pré-formado que será em breve reabsorvido pelo osso lamelar, não sendo, portanto, susceptível às alterações hormonais e/ou metabólicas, favorecendo a consolidação das fraturas ósseas, mesmo em portadores de osteoporose, pois sendo formado pela condensação rápida e coordenada de fibras sem a necessidade de um arcabouço prévio, agrupando-se em nódulos que se unem e acabam por mineralizar-se rapidamente. Durante a vida do individuo pode-se dizer que a massa óssea pode ser dividida em três períodos, sendo que o pico de massa óssea é alcançada dos dos 30 aos 40 anos, chegando a ser 30% maior nos homens que nas mulheres. Alguns anos depois, inicia-se o terceiro período, onde ocorrem a diminuição progressiva da massa óssea, sendo maior a perda de osso trabecular. A perda da massa óssea esta em torno de 0,3% nos homens e 1% nas mulheres, acentuando-se 5 anos após a menopausa, independente de raça, ocupação habitual, hábitos alimentares, atividades físicas, situação econômica, geográfica ou momento histórico ( BORRELLI, A .). O côndilo comporta-se como um osso cortical axial, que tem metabolismo mais acentuado, favorecendo durante o longo dos anos a sua remodelação sendo mais frequente àntero-lateralmente, as disfunções do sistema estomatognático, induzem , inúmeras vezes, estas remodelações, que ocorrem em múltiplos focos ativos de quatro a oito meses, onde as células precursoras transformam-se em osteoclastos, responsáveis pela reabsorção óssea. Quando termina esta fase, existem áreas irregulares e os osteoclastos desaparecem. Após um período de quietude, surgem os osteoblastos, que irão repor o osso reabsorvido. Após o período de crescimento não existe formação do osso lamelar sem reabsorção prévia, havendo por um breve período, equilíbrio. No envelhecimento ocorre um aumento das atividades osteoclásticas em relação aos osteoblastos, com o termino de atividade da unidade de remodelação óssea. Durante o processo de envelhecimento biológico, não apenas os ossos, mas todas as estruturas componentes são atingidas, inclusive a articulação têmporo-mandibular, que diferente de outras articulações somáticas tem a sua parte óssea recoberta por tecido fibroso, em vez de cartilagem hialina, face a este fato, o envelhecimento das articulações têmporo-mandibulares, ainda não é muito claro, pois além do processo normal de envelhecimento tem-se as hábitos parafuncionais, instabilidade ortopédica, a perda dos dentes, impossibilidade de repouso articular, entre outras. Sabe-se, no entanto, que a cartilagem que compõe a articulação tèmporo mandibular, é essencialmente substituída por osso perto do início da 4a década de vida. No fundo da camada articular, onde havia cartilagem de crescimento subcondral, há uma camada calcificada de cartilagem parcialmente mineralizada, ou osso tipo condróide, dentro do qual ilhas de cartilagem hialina podem ser encontradas até em idade avançada. (CARLSON, D. S., 2000). Pode-se concluir que uma vez que o revestimento ósseo está presente, o crescimento ativo do côndilo para, apesar da remodelagem progressiva e regressiva do côndilo permanecer por toda a vida. Com respeito a fossa articular, Carlson, D. S.(2000), afirma que até a 5a década de vida esta torna-se mais profunda à medida que o tubérculo articular continua crescendo para baixo. No entanto, depois desta década o tubérculo articular tende a tornar-se mais achatado, especialmente nos indivíduos que se tornaram parcial ou completamente desdentados e reduziram a fora aplicada sobre o tubérculo. AS ARTROPATIAS MAIS COMUNS NO IDOSO Durante o processo de envelhecimento biológico s todas as estruturas componentes do indivíduo sofrem processo de envelhecimento, ocorrendo alterações nas estruturas ósseas, nas articulações, nos tendões, nos músculos, nas várias regiões do organismo. Nos ossos ocorre uma diminuição progressiva, tanto da matriz quanto dos minerais, atuando para isso fatores que variam desde o uso até questões hormonais. Nos músculos e ligamentos (tendões), também sofrem processos de envelhecimento, nos músculos ocorre uma diminuição de força, atrofia e fibrose já nos ligamentos aprece irregularidades no tamanho das fibras colágenas, com diminuição de fibras recém-formadas e das fibras elásticas, sendo assim, vários ligamentos (tendões) estão sujeitos a rupturas espontâneas, principalmente em locais com maior solicitação biomecânica, como ocorre com as articulações têmporomandibulares. Nas articulações, propriamente tidas, ocorrem processos degenerativos da cartilagem articular, que vai gradativamente perdendo suas propriedade de elasticidade e sua capacidade de resistir a deformação, surgindo as artropatias: • artrites degenerativas o osteoartrose o osteartrite o hiperostose esquelética idiopática difusa • artrite reumatóide • reumatismo de partes moles o Fibromialgia • artrites microcristalinas o Gota o Pseudogota ou condrocalcinose • poliartrites BIBLIOGRAFIA CARVALHO Fº E. T. et al. Geriatria, Clinica e Terapêutica, Atheneu, 1998 FÍGUN, M. E & GARINO, R. R. ANATOMIA Odontológica Funcional e Aplicada. 2 ed. São Paulo: Panamericana, 1989. LEANDRO, L. F. L. & NUNES, L. ATM: Diagnóstico e Tratamento. São Paulo: Pancast, 2000. MIMURA, H. et al Morfologic adaptation of temporomandibular joint after chin cup therapy. AM J Orthod Dentofacial Orthtop. V 110, p. 541-46, 1996 MOLINA, O.F. Fisiopatologia Craniomandibular. São Paulo: Pancast, 1989 OKESON, J. 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